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Eu sou designer, e não é como na música da Lilian, da Jovem Guarda, “porque o mundo quis assim”. Eu mesma quis! Quando digo minha profissão, todo mundo diz: “Nossa, que chique!”, e eu fico pensando o que existe de fino em uma profissão onde se trabalha muito, e na maioria dos casos se ganha pouco. Talvez seja esse nome em inglês: Design. Mas o que adianta ter nome estrangeiro se ninguém sabe o que de fato eu faço? Para minhas avós, por exemplo, tenho que dizer que fiz desenho industrial pra me fazer de importante. É complicado! Minha mãe até hoje acha que eu sou “design”, e ela ri da minha cara quando estou jantando em algum lugar e, de repente, começo a analisar o cardápio e encontro um erro de digitação. Nossos olhos são treinados pra isso, e só um designer entende a aflição de ver em um folder uma imagem mal recortada, por exemplo. Aliás, se você não sabe fazer isso magicamente, você não é designer.
A nossa mágica é incrível, e você não pode ser considerado um designer caso não entenda essa essência. Caso não enxergue a vida um pouco mais cor de rosa. Só designers compram produtos somente pela embalagem, sem nem saber que gosto tem. Somente nós olhamos para o céu no final da tarde e dizemos “caramba, olha essa combinação de cores.”, somente um cara que estudou teoria da cor entende a graça de cheirar o lápis de cor novinho que acabou de sair da caixa… Somos esquisitos, e é isso que nos torna especiais. Temos como obrigação ver sempre o lado mais bonito da situação, em qualquer caso, em qualquer lugar. Aliás, temos por missão tornar as coisas mais bonitas. E tornamos, ou, pelo menos, a maioria de nós.
Só uma mãe com um filho designer sabe o que é lavar roupas cheias de tinta e ter a sua casa cheia de papelão, cartolina, massa plástica e madeira. Somos designers, entendemos de Photoshop, Illustrator, InDesign e Dreamweaver, mas o bicho pega na hora de usar o simples Excel. Arrisco dizer que somos sim os artistas que nossos pais apresentam para os amigos, porque nós não entendemos somente de programas, entendemos de ser, de estar, e de criar. Criamos o que o mundo ainda não sabe que precisa, e obviamente somos contra a cópia, porque almejamos ser únicos. Dormimos cansados e acordamos mais cansados ainda e pensando: “Preciso cobrar mais caro se quero viver assim.” Sempre digo que um dia canso, pego meu notebook e me enfio numa fazenda. Aí com certeza vou ligar meu computador e responder alguns e-mails, e me dar conta de que não me imagino fazendo outra coisa.
Imaginar. É nisso que somos bons. Somos estranhos, temos manias esquisitas, temos maneiras peculiares de organizar o desktop e o guarda-roupa. Alguns de nós são exigentes com aparências, tatuagens, paisagens, quadros e fotografias. Mas apesar disso tudo, somos nós que colorimos o mundo, e como disse uma querida professora na minha formatura, somos únicos. Ao contrário de se tornar administrador, contador, enfermeiro, advogado, psicólogo, ou engenheiro, ninguém se torna designer, se nasce.
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28 de janeiro de 2015 - 17:12
;)!
29 de janeiro de 2015 - 16:39
Que texto mais lindo *-*
Parabéns ;)
30 de janeiro de 2015 - 10:03
Obrigada Willian, continue nos acompanhando! :)
3 de novembro de 2015 - 16:48
Parabéns pelo texto, muito bom!
Aproveitando a oportunidade, eu queria sugerir um post sobre, sei lá, algo como as vantagens de ser um designer, ou sobre os motivos que te levaram a isso, porque eu queria muito fazer design Gráfico, mas não tenho total certeza, e queria saber a opinião de quem já se formou. Obrigada! ;)
4 de novembro de 2015 - 11:18
Oi Sara querida, como é bom ter você por aqui. Vamos providenciar essa postagem, pode deixar. Se você quiser, podemos também trocar emails, e esclarecer as suas dúvidas. Um beijo ♥
5 de novembro de 2015 - 09:28
Claro! Vai ser ótimo! Muito obrigada pela atenção ♥