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Estilo musical: nenhum

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Desde sempre o tema me prega peças. Mas duas situações específicas serão inesquecíveis: a primeira conversa que eu tive com um gatinho que eu estava afim, e uma entrevista de emprego.

O cara era todo estiloso, ouvia rock, jazz e jamais sertanejo. Foi me buscar em casa para o nosso primeiro encontro e nós nunca tínhamos conversado a sós. A primeira pergunta que ele manda é: O que você curte ouvir?

Sempre achei muito medíocre a respostinha “sou eclética”, além do mais, eu obviamente estava na expectativa de surpreendê-lo, e responder Jads e Jadson não seria a melhor forma. “Sou eclética” soa como “Ouço o que rola nas melhores da Jovem Pan”.

Aí entra a segunda situação: a entrevista de emprego. A vaga era para criar playlists em um site e… escrever resenhas de álbuns. Pra mim, resenha de álbum consiste basicamente em combinar as palavras “memorável”, “provocativo”, “repertório” com as frases “o solo de bateria que introduz a faixa”, “composição consistente”, “melodia marcante”, “produção impecável” e, principalmente, “reforça sua versatilidade sem perder a identidade”. (Tô brincando gente. Admiro e invejo o trabalho de todos que escrevem resenhas).

Então, o entrevistador obviamente perguntou: “Qual o seu estilo musical?”. Acho que responder “nenhum” não caiu muito bem.

Primeiro de tudo, acho válido ressaltar a minha teoria de que o seu estilo musical é definido pela influência que você teve na infância, provavelmente de um tio ou de um irmão mais velho. Ou seja, se eu não tenho um estilo musical definido, a culpa é única e exclusivamente do meu irmão. Em segundo lugar, acredito que “ser eclético” (preciso de um novo termo para isso urgentemente) é um bem que você faz a você mesmo.

Eu posso me divertir com as minhas amigas de infância, ralando na boquinha da garrafa, assim como posso passar bons momentos com as minhas amigas do time do rock. Posso também, apreciar um delicioso jantar ao som de Ella Fitzgerald. E me divertir mesmo, sem fazer cara feia ou achar alguma coisa chata e sem graça.

Até já me acostumei com metade das amigas dizendo “você nem gostava disso antes, pare de se fazer” e a outra metade decepcionada ao ver um check in na Woods. Mas tudo bem! Aprendi a ouvir o que eu quiser a hora que eu quiser. :D

Quanto à vaga de emprego, obviamente não fui selecionada. Mas quanto ao gatinho: conquistei, casei, e agora, segundo ele, estamos em processo de refinar o meu gosto musical. Temos aulas semanais deitados no sofá assistindo clipes e ouvindo músicas legais. <3

(E hoje eu descubro se ele lê os meus textos ou não: amor, preciso te dizer: nunca vou parar de requebrar no parara tim bum com as minhas amigas, tá?)

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3 Respostas para "Estilo musical: nenhum"

  • Tati Reis
    27 de fevereiro de 2015 - 15:09 Responder

    Pri, sou eclética (droga de termo) também! Acho que cada música tem a sua hora! Samuel ficou horrorizado quando fomos a Salvador, assistimos um show do Cumpadre Washington (por acidente) e eu sabia todas as músicas. E com orgulho!!!

    • prisciribas
      27 de fevereiro de 2015 - 15:21 Responder

      Sabe de nada esse Samuel! :P

  • prisciribas
    27 de fevereiro de 2015 - 15:25 Responder

    Parabens Pri! Ótimo texto!

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