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O feriado mais amado dos brasileiros (pelo menos é o que a TV diz) está aí, e no trending topics das conversas informais está a pergunta: “vai fazer o que no Carnaval?”. E aí você ouve planos muito divertidos e invejáveis para os quatro dias de festa que antecedem a quaresma. Até que a indagação chega em você. Há alguns carnavais, você também tinha planos mirabolantes. Mas agora, não mais.
Não é que você tenha 80 anos ou que esteja apaixonada. É só que você não curte tanto algumas das tradições e agora sabe disso e respeita sua própria vontade. Pode ser que até então, os seus destinos de Carnaval não tenham sido bem escolhidos (nunca descarte esta hipótese), mas em 2015 você chegou à conclusão de que ouvir Lepo Lepo (ou similares) treze vezes por dia, e pior, aprender a coreografia por osmose não te apetece (MESMO).
Sim, sim, festa e birita você gosta. Cerveja, caipirinha, tequila, gente alterada e maquiagem borrada são da sua laia. Mas, o que também pertence ao seu rebento é: dormir até tarde numa cama confortável, num ambiente escuro e silencioso, curtindo a ressaca que você cultivou com tanto carinho. E depois de alguns anos sendo acordada às 9 da manhã, por um coro de 25 pessoas que dividem a casa alugada (e abafada) de dois quartos, você se ligou que prefere não abrir mão do seu conforto, mesmo que por quatro dias.
Ah, e tem também a parte da pegação, impossível falar de Carnaval sem comentar o cio frenético e coletivo dessa festividade. Por mais solteira que você esteja, os anos de bocas anônimas ficaram para trás. No meio daquela muvuca de gente estranha te pegando pela cintura, tudo o que você deseja é uma ordem judicial para que esses foliões (nunca imaginei que usaria essa expressão, amei, me senti comentarista da Globo) se mantenham pelo menos a 5 metros de distância.
E aí, nesse clima pré-carnaval, você responde: “vou ficar por aqui mesmo”, e olhares de estranheza te miram como naquele dia que você resolveu sair com suas botas vermelhas (que saudades de How I Met Your Mother). Com bastante sutileza você expõe seu ponto de vista, as pessoas ao redor dizem entender. Mas sabe lá o que elas pensam, mas isso tanto faz, porque suas próprias convicções e vontades são mais importantes. E o que importa, é que esse ano, meu bem, o Carnaval vai ser lá em casa!
10 de fevereiro de 2015 - 19:00
Isso ai Myle! Vamos combinar de fazer um piquiniqui no Barigui ou uma cerveja a tarde!!! =)
11 de fevereiro de 2015 - 10:02
Boa!! Cerveja com os pés na grama é tão bom quanto cerveja com os pés na areia! hahah =)