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Foi quando eu vesti o casaco, olhei no espelho e percebi um fato inegável: eu tinha quase 30 anos. As primeiras rugas de expressão não me deixavam mentir, e por mais que eu quisesse me portar como uma menina, eu já era uma mulher. E esse foi um momento incrível, porque junto com essa conclusão, aprendi coisas que só os adultos entendem, não porque são complicadas, mas porque são doloridas, e crianças não suportam sentir dor sem se desesperar.
Mas eu já virei uma mulher, e não é qualquer raladinho que me faz fazer cara feia. Crianças são dramáticas, e não sonham, sonhar é pra gente adulta, pra quem tem coragem. E eu, uma mulher, tenho sonhos muito maiores que eu. Quando crescemos, nos dedicamos a quem amamos, e ao que sabemos fazer de melhor, ao contrário disso entendemos que é perda de tempo.
Quando eu olhava pras mulheres a minha volta, eu pensava que envelhecer era ruim, toda essa situação de pagar contas, cuidar da casa, ter filhos, cozinhar… Porém, hoje eu vejo que só tem problemas em colecionar primaveras, quem quer impressionar a outra. Mostrar que é mais bonita, mais magra, mais amada, bem sucedida, entendida ou antenada. A idade me mostrou que eu não preciso impressionar ninguém, mas pelo contrário, eu preciso impactar alguém. Impactar simplesmente sendo eu mesma com o meu bom humor em plena segunda-feira, ou então encorajando outras meninas a crescerem comigo. É uma decisão.
Decidi finalmente amadurecer, e isso é libertador. Ouvi muitas pessoas dizendo que eu não era perfeita, e desapontei todas elas respondendo com um simples “não sou mesmo”. E quando eu cresci percebi que nunca quis ser. Mulheres têm defeitos, desapontam, erram, pedem desculpa e não repetem o mesmo erro, pois são as crianças que precisam de advertência o tempo todo, quem cresce de verdade, se policia, se testa, e se cobra. Houve um tempo em que eu pensava e agia como menina, mas chegou a hora de abandonar as coisas de menina, e agir com maturidade. Eu amadureci, então eu comecei a não aceitar elogios de qualquer um, a não ter dúvidas de mim mesma, e me afastei de quem não me deixava crescer. Aprendi finalmente que maturidade não é quando você fala sobre grandes coisas, mas sim quando você começa a entender as pequenas.
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15 de junho de 2015 - 12:33
Demais, Naty!
15 de junho de 2015 - 14:11
Naty acho que você me descreveu nesse texto ! Ah um ano atrás me sentia assim… uma menina / mulher. E hoje tenho mais confiança em mim mesma, e aprendi a lidar com alguns monstros!… lindo o texto! amei ♡
15 de junho de 2015 - 14:26
Ah Aline, que bom que você também se identifica <3
15 de junho de 2015 - 17:13
Que texto mais perfeitooo! *—*
15 de junho de 2015 - 17:20
Obrigada Leidi <3
16 de junho de 2015 - 10:33
Passaria o dia lendo o mesmo texto,
Parabéns
!!
16 de junho de 2015 - 10:36
Obrigada Bruna, nosso cantinho é seu também <3
16 de junho de 2015 - 18:24
As vezes demoramos um pouco, para perceber estas situações, mas é a pura realidade. Perfeita, mais uma vez.
20 de julho de 2015 - 23:57
Amei! Simplismente amei!
Qual o vídeo do Play ??? (;
22 de julho de 2015 - 11:15
Obrigada Lau, é Linger na voz da Stetson Rose ♥
21 de julho de 2015 - 16:47
Eu ainda estou na fase de menina, mas já deveria ser uma mulher!
12 de novembro de 2015 - 12:00
ai gente que delícia de texto!
13 de novembro de 2015 - 08:50
É normal estar beirando aos 20, e se identificar tanto com esse texto magnífico?
Haha #amei ❤❤❤
16 de novembro de 2015 - 10:22
Super normal Ingrid :P
hahahaha um beijo ♥
13 de novembro de 2015 - 20:07
Adorei o texto!!!!
13 de abril de 2016 - 19:08
Precisava desse texto.
Amadurecer não é fácil. Mas é preciso.
Obrigada por tudo que escreve.
14 de abril de 2016 - 10:09
Obrigada você por estar aqui Soraya. ♥