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Andei pensando e cheguei à conclusão que o mundo anda meio esquisito. Dizem pra gente não se apegar e caso isso aconteça para não demonstrar, caso ele vacile para abandonar, e caso doa devemos camuflar. Não sofra, não chore, não erre! Seja forte o tempo todo, nenhum homem merece a sua ligação, as suas lágrimas e talvez nem o seu tempo. Esqueça, a vida é corrida demais para formar família. Antes nós, mulheres, éramos treinadas pra sermos frágeis, e nos diziam “fale educadamente”, “estude boas maneiras”, “não desobedeça a seu marido”.
Agora o que eu vejo, é que o jogo inverteu. Me dizem “fale o que quiser”, “trabalhe mais do que ele”,” lute boxe”, “não case”, e eu vivo me questionando, e se eu quiser ser mulherzinha? E se eu não quiser trabalhar fora e depender do meu marido para comprar meu desodorante, serei inferior por isso? E se eu estiver cansada depois do boxe, e aceitar a ajuda dele pra carregar a minha mochila pesada, serei menos mulher por isso? Se eu desejar fazer costura ou gastronomia serei menos digna por escolher uma “profissão de mulher”? Quanta besteira, me deixem ser livre para fazer o que eu bem entender. O discurso mudou, mas a escravidão sobre nós, ainda é a mesma.
Eu encontrei alguém que me faz sentir segura pra ser “mulherzinha”, porque sei que minhas decisões são importantes, e não há nada mais significativo nessa vida pra ele do que a minha opinião. Ele carrega as minhas sacolas simplesmente porque ele é gentil, ele palpita nas minhas roupas, porque é meu parceiro, não por ciúme. Eu conto segredos pra ele não por medo que ele os descubra, mas porque somos amigos. Hoje eu posso tranquilamente passar as rédeas da situação pra esse homem, porque nosso relacionamento não é uma competição, é entrega, é sentimento, e eu escolhi alguém à minha altura, um líder nato, assim como eu. Descobri nesse aprendizado, a delícia de poder relaxar enquanto alguém escolhe o vinho, escolhe o destino da viagem, escolhe a cor da parede, e todas essas conclusões sempre vem acompanhada de um “O que você acha, amor?”.
Quando você encontra um homem que te respeita, não é necessário que você imponha o seu lugar na sociedade, ele mesmo faz isso pra você. Não quero um relacionamento que funcione a base de competições silenciosas de quem manda mais ou então, quem é o lado mais forte. Já descobri o que é mais forte entre eu e ele, nosso amor. Esse sentimento é que me faz acreditar que cozinhar pra ele, lavar as suas roupas e passar suas camisas, não é incentivar o machismo, é demonstrar o que sinto. Aí é que está a liberdade, ser exatamente quem você quiser, agindo da maneira que você quiser e amando quem bem entender, o resto é discurso antigo e do século passado.
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17 de agosto de 2015 - 21:59
E se eu quiser ser mulherzinha amei muito o texto, cansada dessa sociedade nos obrigar a ser forte duras e sem sentimento
18 de agosto de 2015 - 02:48
Relacionamento é uma entrega de sentimento quando gostamos de alguém queremos agradar.Depende de cada um escolher o que vai fazer da sua vida se vai depender do marido (escolha feita por ela que isso ñ precisa ser para sempre,precisamos acbar com paranoia do Para Sempre ñ esta mais agradavel muda)E aquelas que ñ querem depender em sentido financeiro escolha dela tb (todos nós somos dependendentes de afeto carinho e amor)
18 de agosto de 2015 - 02:54
Relacionamento é uma entrega de sentimento quando gostamos de alguém queremos agradar.Depende de cada um escolher o que vai fazer da sua vida se vai depender do marido (escolha feita por ela e isso ñ precisa ser para sempre,precisamos acabar com paranoia do Para Sempre ñ esta mais agradavel muda)E aquelas que ñ querem depender em sentido financeiro escolha dela tb e mesmo assim aquelas que ñ querem depender também sentem fragis (todos nós somos dependendentes de afeto, carinho e amor)
18 de agosto de 2015 - 09:07
Muito perfeito os textos, eu amo este blog, tudo a ver comigo, Lindoooo <3
19 de agosto de 2015 - 13:25
Aplaudi em pé…. perfeito !
19 de agosto de 2015 - 15:06
Obrigada pelo carinho Débora! ♥
19 de agosto de 2015 - 16:56
SIM, com toda a certeza! Sinceramente, a luta pela igualdade muitas vezes me parece mais uma luta para as mulheres serem como – ou melhor – do que os homens. Como se trabalhar para um chefe fosse liberdade, e ajudar em casa opressão. Os valores invertidos, a perca do sentido da família e da sexualidade. E se eu quiser casar, ter muitos filhos e cuidar da minha casa? E se eu quiser usar saia longa porque me sinto mais bonita nela do que num mini short? E se eu gostar de preservar minha imagem, meu corpo, ser “santinha”. Qual é o problema? A desunião continua, embora esteja mascarada como “igualdade”.
Texto incrível, sério <3 abraço!
20 de agosto de 2015 - 10:17
Olá Nathalia, obrigada pelo comentário. É muito gratificante saber que temos leitoras tão inteligentes e que compartilham da mesma opinião que a nossa. Continue nos acompanhando, um beijo ♥
20 de agosto de 2015 - 12:35
incrível!!!ser mulher é ser livre como qualquer outro ser humano pode ser,e isso independe de sexo :D
20 de agosto de 2015 - 16:29
Amei o texto, não existe explicação melhor para nos definir.
Agora sou a mais nova leitora
21 de agosto de 2015 - 12:28
Muito lindo. Estou bem cansada de ser forte o tempo todo. As vezes tudo que quero é ser cuidada e quando isso acontece, até me espanto e tenho reflexos de ir contra isso…Claro! Pois não posso mostrar fraqueza! Não posso baixar a guarda! Não posso tirar essa armadura tão pesada, nunca! …
Nosso mundo está estranho mesmo.
Obrigada pelo texto, muito lindo!
18 de setembro de 2015 - 15:25
Simplesmente..perfeito!!
28 de novembro de 2015 - 11:31
Liiindo texto parábeeens….
5 de dezembro de 2015 - 20:22
Muito bom, parabéns.
6 de dezembro de 2015 - 03:31
Que milagre, uma guria com blog que não defende a destruição de um gênero inteiro e que entende o que é individualidade.
Parabéns pelo texto. É uma pena que a maioria das mulheres que vestem a burca do ressentimento não vão sequer ler a partir do “depender do meu marido”.
9 de dezembro de 2015 - 14:20
Bruno, obrigada pelo seu comentário. :)
6 de dezembro de 2015 - 12:11
Amei suas colocações. Muitas vezes já briguei ou encrenquei por ele querer fazer algo e eu julgar axando q ele queria se mostrar o mais forte quando na vdd só estava sendo gentil genuinamente. Não eh pq temos mais direitos nos dias de hj q devemos viver em pé de guerra com eles. O amor não nos torna fraca, nos torna fortes.
9 de dezembro de 2015 - 14:19
Helen querida, obrigada pelo seu comentário! É exatamente isso que penso, compartilho do seu sentimento. Um super beijo ♥
22 de janeiro de 2016 - 17:24
Amei o texto. As vezes eu fico de saco cheio com esse discurso de que a mulher tem que ser “empoderadona”, “guerreirona”, “fodastica”, “tem que fazer acontecer”… Também tenho o direito de ser ‘mulherzinha frágil’ sim senhora! **risos**
25 de janeiro de 2016 - 14:42
Oi Fer, que bom ter alguém que compartilha das mesmas idéias que eu. Continue com a gente, um super beijo ♥
5 de fevereiro de 2016 - 15:32
Eu quero poder ser mulherzinha , eu quero alguém cuidando de mim sim, mas quero o boxe também… Me deixem ser o que eu quiser, por favor…Obrigada!
Adorei o texto
5 de fevereiro de 2016 - 16:21
Obrigada Bruna ♥